segunda-feira, 20 de maio de 2013

The Only Exception.


Ela é uma menina quieta, seu silêncio é torturante. Seu olhar é perdido, solto, não foca em nada, fica ali viajando pelo teto, chão, carteiras, pessoas. Seus olhos só param pra fitar o chão ou sua mão ou seus pés. Nunca soube direito. O coração dela é frio feito gelo, mas não é por mal, esse foi o jeito que ela encontrou de se proteger. Ela é o tipo que não se entrega nem por um conto de fadas, ela não acredita. Nem em conto de fadas, nem em ninguém.

Sempre gostei de observá-la assim, meio de longe, pra ver se ela me nota e eu sei que ela nota, mas faz de conta que não. Quando nossos olhos se encontram é como se ela levasse um tapa, ela nunca fixou seu olhar no meu, não por mais de 5 segundos. Eu nunca quis me aproximar, escolhi deixar ela no seu espaço, com seus jeitos estranhos e sozinhos. Se ela escolheu ser assim quem sou eu pra mudar. Mas eu te juro, nunca vi uma menina tão linda. Seus cabelos loiros e encaracolados, seu sorriso, mas não o sorriso ensaiado, que ela solta pra ser socialmente aceitável e sim o sorriso solto que ela dá quando está sentada sozinha num canto da faculdade olhando para o seu celular, acho que é algum site engraçado ou vídeo idiota, mas é aquele sorriso que eu gosto: o sorriso dela pra ela.

Ela não é mal educada, na verdade, é um doce, sempre querendo ajudar os outros, mas nunca se entregou completamente, nunca, ela sempre mantém uma distância saudável, uma independência. Já a ouvi falando que não gosta de depender de ninguém, pois ela sabe que dói quando aquela pessoa vai embora.

Sinceramente, acho que ela é apenas uma menina triste que levantou todo o seu exército e muralhas pois cansou de lutar, cansou de cortes abertos, acho que ela queria dar um tempo pra tudo cicatrizar, mas depois não conseguiu sair de dentro desse castelo no qual ela mesmo se prendeu, afinal, depois de ter conseguido fechar todos os machucados, os cortes, colocado todas as peças no lugar, eu também não vejo motivo para deixar eles abrirem novamente. Deve doer.

Mas, cara, eu não consigo imaginar o porquê de alguém magoá-la, machucá-la, com certeza, foi um babaca. Se eu pudesse, ah, se eu pudesse ter a chance de puxá-la para fora desse castelo que ela construiu só para ela, eu ia deixar todas as cicatrizes do jeito que estão e todos os pedaços do coração no lugar. Ela não merece sofrer. Eu sei, sei que dizem por ai que ela não tem coração, ela gosta de brincar com os outros. Não acredito, nem em uma palavra sequer. Ela não tem culpa. Deve tentar se entregar, se apaixonar, mas ai o medo toma conta dela e ela se afasta, se fecha. Não a culpo, nem por um segundo.

Ontem eu peguei ela olhando pra mim, curiosa... Talvez tentasse descobrir por que eu tenho tanto interesse nela e quando nossos olhos se encontraram ela sorriu, sorriu aquele sorriso dela pra ela, mas fechou a cara rapidamente, acho que ela se pegou desprevenida  fui me sentar ao seu lado. Juro que ela quase pulou da cadeira quando me notou do seu lado, me apresentei, ela me fitava assustada, confusa. Ela relaxou quando encostei em sua mão. Sorriu. Sorri. Ela se apresentou. É, cara, acho que agora vai. Eu juro que vou fazer valer a pena ela sair do castelo.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Nós.

        

         Às vezes me sinto esquisita como se você ainda tivesse aqui. Eu posso jurar que sinto seus dedos ainda entrelaçados nos meus, seu lábio ainda encostado no meu. É, você foi embora. Só consigo acreditar quando vejo o seu lado da armário vazio, sem seus ternos, blusas, gravatas... Era tudo tão cheiroso, macio e seu. Eu não sei o que fiz, amor, mas eu sei que errei. Tudo que eu queria agora era você deitado de samba-canção na cama, mexendo no seu notebook, ai você ia fechá-lo e colocar ali no criadomudo, que também está vazio, ia me chamar pra deitar contigo, a gente ia ficar abraçado, conversando e rindo. Ah, mas como era bom ficar ali apoiada em seu peito escutando suas histórias. Onde foi que a gente errou? Eu não consigo encontrar o momento em que tudo começou a dar errado. A nossa aliança continua em meu dedo e o sonho de ter um filho nosso ainda me consome toda noite. 
      Era tudo tão lindo, amor. Acho que me ceguei por essa paixão louca que sinto por você e não me importei com as brigas, com os dias que você não fechava o notebook e deixava eu dormir sozinha, sem seus braços em volta de mim. Acho que te sufoquei, mas se o fiz, foi com e por amor. Amor demais, talvez. Eu só quero uma explicação pra eu poder seguir em frente. Na verdade, eu não quero seguir em frente. Eu sei que o que sentimos um pelo outro é muito forte. Sei que se eu te encontrar por uma esquina de São Paulo meu coração vai disparar, as borboletas vão surgir, como naquele nosso primeiro encontro no parque. Ah, meu amor. Eu ainda gosto tanto de você, de nós, você podia entrar por aquela porta agora e me jogar na nossa cama e dizer que nós somos feitos um para o outro, que você releva as brigas, que a gente, agora, vai ficar junto pra sempre. 
          Fui para a cozinha pegar um copo d'água, as lágrimas me sufocam sempre que lembro de você. Sentei na pia da cozinha, você adorava quando eu fazia isso, achava bonitinho ver meus pés balançando pra frente e para trás, como uma criança que não alcança o chão. Acho que pude até sentir suas mãos em minha cintura me apertando. Não sei por que, mas dentro de mim eu sinto que a gente ainda não acabou. Afinal, você disse que precisava de um tempo pra pensar, nem sei pra onde você foi. Mas eu sinto, lá no fundo, que você vai voltar que hoje ou amanhã eu vou escutar a campainha e você vai estar... Toc toc... Ai, como seria bom se fosse você batendo na porta agora, mas aposto que é o vizinho ou o porteiro. 
          Fui até a porta e a abri... Meu Deus, é você! Você está de cabeça baixa e a levanta devagarzinho, como se estivesse com medo. Não tenha medo, meu amor. Seus olhos agora encontram os meus. Todas as borboletas do mundo vem parar no meu estômago, podia desmaiar agora, mas você me abraça, me segura, me tira do chão e sussurra no meu ouvido a pergunta mais idiota desse mundo: "Posso voltar pra casa, amorzão?", eu me recuso a responder e te dou um beijo, dois beijos, mil beijos. Te aperto, te olho. Quase não acredito no que estou vendo e sentindo, você aqui comigo de novo. Você me joga na cama e me promete que a partir de agora aquelas roupas nunca mais vão sair do armário e que nossas brigas bestas não vão mais contar que eu e você, agora, somos para sempre nós. 

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Dando pitaco: Novo albúm da Demi Lovato!



         Bom, gente, eu tava pensando aqui e decidi dar uma variada no blog criando um novo tópico: "Dando pitaco", aonde eu vou dar minha opinião sobre assuntos variados, tipo música, notícias, moda, essas coisas.       O primeiro vai ser sobre o novo albúm "Demi" da (tcharan!) diva Demi Lovato! Que eu adorei, já estou viciada em algumas músicas hehe!
         Então, acho que esse novo albúm da Demi tem uma pegada meio eletrônica em algumas músicas e eu já consigo me imaginar dançando essa aqui nas balads (Neon Lights):


           Tem um ritmo super legal né? E o que eu mais gosto na música da Demi são, com certeza, as letras! Pode confessar que você se emocionou ao ouvir  "Skyscraper", lembrou daquela pessoa especial ao escutar "Don't forget" ou "Get Back", enfim são tantas músicas, com tantas letras boas e sem falar na voz incrível que essa linda tem né? Aiai, como vocês perceberam eu sou super fã dela! 
         Nesse novo albúm a Demi deu uma valorizada na voz dela ainda mais, dá pra escutar ela fazendo aquelas coisas de negona, indo de um tom mais alto pra um mais baixo e vice-versa, enfim, tá muito bom de verdade, pra mim talvez seja o melhor trabalho dela até agora. Acho que depois de tudo que ela passou, rehab e todas essas coisas, ela voltou mais madura e com mais certeza do estilo que ela quer seguir. Músicas boas com letras que falam alguma coisa além de "ontem eu sai e bebi muito wohoo!", letras que realmente trazem vários sentimentos à tona! E agora escutem e curtam algumas músicas, pra quem quiser ouvir o CD todo, vai aqui no Vevo dela que tem todos os áudio lá! 

Made in the USA:



In Case:




Two Pieces: 




Nightingale:




Warrior: 



Something That We're Not:




E claaaaaro, Heart Attack, primeiro single do albúm que tem esse clipe maravilhoso:



Foi a coisa mais difícil que eu já fiz escolher as favoritas hehe

Espero que vocês tenham gostado! Comentem sobre o que eu posso mudar, o que vocês gostaram e sobre o que vocês querem que eu fale nos próximos! Um beijo, mores!